Depois de compreendermos com os artigos anteriores, o que celebramos no rito eucarístico e como se dá a comunicação na liturgia, é hora de começarmos a compreender o sentido e significado teológico de cada rito e símbolo que compõem a missa, celebração que se inicia a partir do momento em que nos dispomos a sair de casa para celebrar. Sim, quando dizemos “eu vou a missa”, aí inicia nossa celebração.
Essa decisão é uma resposta ao chamado que Deus nos faz, pois é sempre Dele a inciativa de vir ao nosso encontro, de nos chamar e convidar a segui-lo. Os sinos que tocam antes de cada culto nos lembram que é Deus que convoca seu povo à oração. A oração de benção de um novo sino diz: “fazei que todos os vossos ?éis, ao ouvirem a voz do sino, elevem para o alto os seus corações, participem da alegria e da tristeza dos irmãos, apressem-se até a casa de Deus, onde sintam a presença de Cristo, ouçam a vossa palavra, e vos dirijam as suas súplicas”. Os sinos são o irromper do tempo de Deus no tempo dos homens e é através deles que a comunidade expressa seus sentimentos de alegria e tristeza.
Ao entrar na igreja, devemos sempre nos colocar em oração e no silêncio nos preparar para a celebração, pois ao atravessar a porta, entramos num lugar sagrado. A porta principal da igreja, nos remete a Cristo, porta das ovelhas, como nos recorda o evangelho de Jo 10,7. Ainda é a porta que revela e conduz ao Pai, pois “ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11,27). Sim, por essa porta, Cristo, entrarão os que tiverem cansados e oprimidos, e na comunidade deverão encontrar alívio.
Assim, no espaço sagrado, a comunidade agora reunida, dá início a celebração do mistério da sua salvação, com o rito, no qual quem preside juntamente com alguns ministros, acólitos e coroinhas entram pelo corredor central da igreja e vão até o altar. Esse rito, acompanhado muitas vezes de um cântico, é simbólico, e representa todos os fiéis que saíram de suas casas e vieram ao encontro da Trindade. Sim, o canto não é para o padre entrar, nem para acolhe-lo, mas sim para iniciar a santa missa. E como não é possível toda a comunidade entrar de uma vez no espaço celebrativo, quem preside juntamente com um grupo de fiéis, adentram a igreja representando todos os que ali estão reunidos. Portanto, é errôneo dizer: “fiquemos de pé para acolher o celebrante e seus auxiliares”, ou comentários semelhantes.
Texto: Pe. Thiago Faccini Paro
Imagem: Domínio público
Publicado originalmente no informativo paroquial da Paróquia de São José do Belém, São Paulo/SP
O símbolo, portanto, em seu sentido antropológico é um conjunto de elementos sensíveis em que os homens, seguindo o dinamismo das imagens, captam significados que transcendem as realidades concretas.
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